Após ótimo ano de singles e shows, banda Papôla apresenta seu disco de estreia, Esperando Sentado, Pagando Pra Ver, nas principais plataformas digitais
- Denis Svet

- 2 de out.
- 3 min de leitura
Esperando Sentado, Pagando Pra Ver é o disco de estreia da Papôla, banda de indie pop baseada no Recife (PE) e que desde o ano passado vem chamando atenção do público e da crítica especializada pela sua estética sonora fresca e autêntica.

A produção musical do debut é de Pedro Bettin (produtor), que integra a formação da Papôla ao lado de Beró Ferreira (guitarrista e vocalista), Matheus Dalia (baixo, guitarra, samples, synths), Guilherme Calado (teclados) e Saulo Nogueira (guitarra):
Composto por dez faixas, Esperando Sentado, Pagando Pra Ver traz em seu repertório canções anteriormente divulgadas pela Papôla, enquanto singles: “Contramão”, “Canga”, “Pé de Coelho” no ano passado e “Luzes da Cidade” em 2025.
“A gente decidiu soltar essas canções aos poucos primeiro porque somos bem ansiosos, risos. Então, à medida que íamos gravando, fomos soltando também, até pra testar como iria chegar nas pessoas”, disserta Beró. “E além disso, percebemos que os singles também foram movimentando outras coisas, como shows, por exemplo. Esse ano tocamos no Recife, Rio de Janeiro e São Paulo, só com o alcance dessas músicas. O disco chega com um terreno preparado já”, resume o vocalista.
Com referências estéticas distintas, que aludem ao dream pop, ao city pop, música brasileira oitentista, sintetizadores da new wave, entre tantos outros, o som da Papôla é uma brincadeira legal de se ouvir. Isso porque a banda também diverte o ouvinte aplicando sonoplastias externas aos arranjos, contextualizando a escuta sob movimentos dinâmicos, que te levam de um lugar a outro a cada troca de faixa.
“Grande parte do disco nasceu em um período de um ou dois meses intensos, no meu quarto. Foi nesse espaço que aconteceram as gravações, a criação das melodias e das letras, tudo a partir de encontros que foram dando corpo às músicas”, continua o baixista Matheus Dalia. “São muitas referências em comum, mas também diferenças no que cada um de nós escuta, e esse choque acabou se transformando de forma muito orgânica. Pedro [Bettin] entrou depois no processo, cuidando da mixagem e masterização, trazendo equilíbrio e clareza ao que já tínhamos construído. É um disco que carrega nosso universo, mas também aponta para outros caminhos possíveis”, ele indica.
Nas temáticas de suas letras, Esperando Sentado, Pagando Pra Ver é um retrato das aventuras, dramas e jogos amorosos vividos numa cidade grande, com vista para o mar e para a solidão, mas sem medo de se deixar levar e viver. Para Beró Ferreira, “há uma cumplicidade quase secreta com a cidade: o luar como confidente, as esquinas como testemunhas. É um universo em que a coragem nasce do tropeço e em que sonhar não é fuga, mas um gesto de sobrevivência”, revela o vocalista.
O disco celebra as alegrias fugazes, aquelas que se agarram ao instante como se não houvesse depois, mas ergue também a reflexão como farol para atravessar os desencontros, dançando lento, torto e sincero, como quem guarda a chuva no peito e deixa o sol entrar pela mesma janela.
Sobre a Papôla - Aposta da atual cena independente brasileira, a Papôla é uma banda que passeia do city pop ao rock experimental, conduzindo-se simultaneamente por um refinamento musical e brincadeiras inteligentes e referências diversas como Djavan, Steely Dan, Marcos Valle e Rita Lee, entre muitos outros. Fundada em 2024 no Recife (PE), por Pedro Bettin, Beró e Matheus Dalia, atualmente a Papôla inclui além deles em sua formação completa os músicos Guilherme Calado (teclados) e Saulo Nogueira (guitarra). Em 2025 a Papôla foi uma das cinco bandas brasileiras selecionadas para o Pitching Show da conferência internacional Rio2C, em maio e em setembro apresenta seu disco de estreia, Esperando Sentado, Pagando Pra Ver.



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